Os aparelhos de navegação por GPS são cada vez mais populares,
empregados em embarcações ou até mesmo em automóveis. Entretanto, o
sistema tem os seus problemas.
Os
sinais recebidos dos satélites norte-americanos Navstar podem sofrer
interferência, que vão do simples acúmulo de gelo nas antenas dos
navios ao embaralhamento proposital dos sinais – que podem ser feitos,
por exemplo, por embarcações inimigas em um conflito armado.
Submarinos, por navegar em profundezas, também têm dificuldades de usar
o GPS.
Para evitar os problemas do sistema, um pesquisador
sueco está desenvolvendo um método alternativo de navegação. A proposta
de Rickard Karlsson, do Centro para Controle e Comunicação da
Universidade de Linköping, é baseada em simulações.
A solução
inédita não sofre com problemas de interferência e não exige a
instalação ou uso de estruturas externas. O sistema emprega o radar da
embarcação para medir a distância até as costas mais próximas. Os dados
são em seguida comparados com uma carta náutica digital.
De
acordo com o Conselho de Pesquisa da Suécia, a posição correta é
conseguida pela combinação dos dados com o movimento da embarcação. No
caso de um submarino, a informação obtida pelo sonar é comparada com
uma mapa de profundidade.
O método de Karlsson é baseado em um
algoritmo matemático conhecido como filtro de partículas, que é
instalado no computador da embarcação. Testes preliminares mostraram
que o sistema funciona com eficiência similar à do GPS.
Fonte: Agência FAPESP
|